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Alex Paz, que é natural da distante San Pedro Sula, em Honduras, na América Central, aportou no Rio de Janeiro, no início dos anos 80, para estudar arqueologia, na Universidade Estácio de Sá, quando também cursou teoria musical, no Conservatório de Niterói, arranjo com o professor Ian Guest (Escola Cigam) e regência à distância, na Open University de Londres.
Como maestro, Paz já dirigiu grupos musicais expressivos, como Americanto (RJ), Cantamérica (RJ), Os Quíchuas (RS), América 4 (ES) e Los Chunkas (MG). É pesquisador do folclore das Américas e um virtuoso da flauta de pan, além de exímio violonista. O músico já andou pela Venezuela, Panamá, Bolívia, Argentina, Peru, Guatemala, Marrocos e conhece o Brasil de norte a sul, sempre envolvido com pesquisas e direção musicais.
No Rio de Janeiro, à frente dos grupos citados acima, apresentou-se no Teatro Ipanema, no Parque Lage, no Parque da Catacumba e Scala I. Ele foi o primeiro músico a se apresentar na Sala Villa-Lobos, com um repertório popular. Fez percussão e tocou instrumentos de sopro nos CDs Amazônia, de Olívia Hime; Novos Sabores, de Tânia Alves; Boleros da America do Sul, do Trio Irakitan; Eu sei que vou te amar, Alex Paz e; ainda, se apresentou ao lado do Tamba Trio.
Em Minas Gerais, onde conheceu mais de duzentas cidades, conviveu com Marku Ribas, Rubinho do Vale e Paulinho Pedra Azul. Em 1985, acompanhou Joãozinho Trinta na apresentação que o carnavalesco e sua equipe fizeram para o rei Hassan II, no Marrocos.
Em 1993, transferiu-se para Brasília, onde suas principais atividades passaram a ser gravações e produções. Atualmente, mora em Sobradinho e é o fundador da Banda Artise, uma das maiores bandas do Centro-Oeste e, com ela, faz shows e se apresenta em eventos diversos.
O maestro é voltado para grandes arranjos de metais e percussão e produz um som sui generis, composto de bossa nova , jazz latino e elementos regionais. A Banda é composta de um quinteto de metais, um quinteto na base e dois cantores. Esta configuração artística resulta em uma alquimia musical de muito suingue e sensibilidade.
José Edmar Gomes (Jornalista)